quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Longe

Longe vão os tempos em que menino e moço brincava no ribeiro banhado pelas frescas águas derretidas das neves, de tua montanha apanhava os sapos para delicia de meus olhos.
Longe vão esses tempos que das frias águas derretidas de tua montanha se enchia o ribeiro com lavadeiras, lavando e lavando suas roupas.
Longe vão esses tempos que crianças e lavadeiras eram um rio de alegria, nas tuas margens.
Longe hoje te sentimos, longe muito longe temos saudades desses tempos. Longe de ti estou, perto te ti me sinto.

Ai minha Terra

Ai minha Terra majestosa que viste Viriato nas tuas encostas lutar.
Ai minha Terra que viste as legiões de Lusitanos e Romanos marchar.
Ai minha Terra doce saudade de menino em que de manhã ia buscar o leite dos pastores, saudades de outro tempo em que tuas encostas se cobriam logo de manhã pêlo alegre tocar das campainhas dos rebanhos, do ladrar dos protectores dos rebanhos, do alegre palavrão inocente do pastor que guia seu rebanho encosta acima.
Ai minha Terra hoje choras lágrimas secas, Brandão os trovões em tuas encostas, caiem gotas da tua revolta que se ouvem longe, rebentam os pastos para que um ano mais possam os últimos rebanhos se deliciarem.
Ai minha Terra em que os homens te tornaram ao abandono se esqueceram do teu passado dos homens nobres , fortes sabedores de contos de tradições, hoje com saudade lembramo-nos doutros tempos em que tuas ruas se enchiam de vida, que foi feito de ti.
Ai minha Terra hoje só se recordam de ti, só te enchem as tuas formosas ruas para campanha fazer, já não brincam teus filhos nas tuas ruas com a alegria doutros tempos.
Ai minha Terra já não brincam teus filhos na rua, nem vês filhos nascer.Ai minha Terra